2 resultados para AQUISIÇÃO DA SEGUNDA LÍNGUA

em Repositório Aberto da Universidade Aberta de Portugal


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Os fluxos migratórios das últimas décadas têm contribuído para que as comunidades de falantes de português se estabeleçam um pouco por todo o mundo, nomeadamente, nos países escandinavos. Um desses países de acolhimento, a Finlândia, tem desenvolvido esforços para a integração dos imigrantes que aí se estabelecem, designadamente, através da promoção de políticas de língua, que visam o ensino da língua de herança aos alunos em idade escolar. Tem sido neste contexto que as pequenas comunidades lusófonas, a viverem no país, têm podido facultar aos filhos, imigrantes de primeira e segunda gerações, acesso ao ensino formal da sua língua de herança, o português. Os sujeitos da nossa amostra fazem parte de uma dessas pequenas comunidades e residem em Tampere, na Finlândia, onde frequentam escolas cuja língua de ensino é o finlandês. O presente trabalho pretende, por um lado, dar conta da realidade sociocultural daqueles alunos de Português Língua Não-Materna, e, por outro, visa refletir sobre a aquisição/ aprendizagem da competência pragmática por parte destes sujeitos, falantes de herança, através da realização que fazem de atos ilocutórios diretivos – de pedido e de ordem –, bem como, sobre o grau de formalização das expressões de delicadeza que fazem. Por conseguinte, elaborámos uma Ficha Sociolinguística para recolha de dados referentes ao contexto familiar, sociocultural e linguístico dos alunos. Posteriormente, elaborámos e aplicámos um teste linguístico, de Tarefas de Elicitação do Discurso, com vista à recolha de dados para a construção de um corpus linguístico que nos permitisse desenvolver o presente estudo. A aplicação do teste linguístico e consequente tratamento dos dados recolhidos revelaram que as escolhas pragmáticas dos sujeitos são condicionadas pelo contexto sociocultural e linguístico em que estão imersos. Constatámos, igualmente, que a generalidade dos alunos recorre a duas estratégias de mitigação do discurso, pelo uso de duas expressões de delicadeza: a fórmula «se faz favor»/«por favor» e o verbo modal «poder».

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Na sociedade moderna, constata-se que os indivíduos multilingues compreendem e falam várias línguas e que essa proficiência tem despertado, ao longo de várias décadas, a curiosidade de numerosos especialistas no assunto (neurolinguistas, psicolinguistas). Sobre este assunto, Dijkstra (2003:11) preconiza que os falantes multilingues devem ter armazenado um vasto número de palavras no seu léxico mental no qual parece ser difícil recuperar uma palavra. Neste contexto, o presente trabalho, que se enquadra no Mestrado em Português Língua Não Materna, oferece uma revisão da literatura sobre o conhecimento neurolinguístico e psicolinguístico da aquisição multilingue do léxico em sujeitos bi / multilingues ; tendo como ponto nevrálgico o controlo inibitório e o acesso lexical. No decorrer desta pesquisa, a qual pôde contar com a participação de trinta e três informantes falantes de português europeu (3 monolingues, 3 bilingues, 5 trilingues e 22 multilingues), procurou-se averiguar se os informantes bi / multilingues seriam mais rápidos e precisos do que os monolingues, aquando da realização de tarefas trilingues de nomeação oral de imagens e de decisão lexical. A investigação realizada fornece dados para uma reflexão sobre o modo como falantes com estas particularidades acedem ao (s) seu (s) reportório (s) linguístico (s), bem como sobre a forma como exercem o controlo inibitório sobre o seu vasto campo linguístico.